As notícias de chuvas no Meio-Oeste americano e possíveis mudanças no setor de combustíveis nos Estados Unidos exerceram forte pressão sobre as cotações dos grãos negociados na bolsa de Chicago nesta segunda-feira. O milho que vence em dezembro, no momento o contrato de maior liquidez, recuou 4,67% (28,5 centavos de dólar), a US$ 5,8125 o bushel. No vencimento de segunda posição, para setembro, a baixa foi de 4,96% (31,25 centavos de dólar), a US$ 5,985 o bushel.
“O National Weather Service mostra chuvas normais e temperaturas médias em todo o Meio-Oeste na faixa de oito a 14 dias”, disse Terry Reilly, da Futures International, à Dow Jones Newswires. A região vinha sofrendo com o tempo seco e temperaturas muito elevadas, que dificultavam o desenvolvimento principalmente das lavouras de milho.
A nova estimativa de colheita na Argentina, de 48 milhões de toneladas, 2 milhões maior que a previsão anterior, também pressionou as cotações. Se confirmado, o aumento aliviaria o aperto no quadro de oferta e demanda.
“Os participantes do mercado orientados para o curto prazo ainda estão bastante otimistas quanto ao desempenho dos preços [do milho]. No entanto, a incerteza fica evidente no fato de que, nas últimas semanas, eles têm se alternado entre expandir um pouco suas posições compradas e reduzi-las um pouco novamente”, disse o Commerzbank, em relatório.