CNA diz que crédito rural pode ficar mais caro diante do atual cenário econômico

Entidade participou de audiência pública no Senado Federal, na última quarta (28).

Em audiência pública no Senado Federal, na quarta (28), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) afirmou que o crédito rural pode ficar mais caro na próxima safra, diante do atual cenário econômico do país.

O assessor técnico da CNA, Guilherme Rios, participou do debate sobre a importância do Plano Agrícola e Pecuário 2025/2026 e destacou a preocupação dos produtores com as possíveis taxas de juros para financiar a produção.

“Com a alta da inflação e o aumento das incertezas fiscais e do endividamento público, chegamos, agora em maio, a uma taxa Selic de 14,75% ao ano. E isso tem trazido grande preocupações aos produtores, no acesso ao crédito privado e principalmente no crédito subvencionado”, disse.

Segundo Guilherme, em 2025, o orçamento das Operações Oficiais de Crédito (OOCs) para custeio e investimento é de R$ 14 bilhões. “O volume é maior do que o recurso do ano passado, mas ainda distante do necessário para atender toda a demanda do setor”.

Ele explicou que, com base nos dados do projeto Campo Futuro da CNA, estima-se que a agropecuária brasileira demande, anualmente, cerca de R$ 1,2 trilhão em recursos. “Esse seria o funding do setor. A composição atual do financiamento vem de fontes privadas (42%), recursos próprios (25%) e do Plano Safra (33%)”.

Durante a audiência, o assessor apresentou um panorama do último Plano Agrícola e Pecuário e o desempenho nos últimos 10 meses de operacionalização. Dos R$ 475 bilhões anunciados, foram contratados pelos produtores apenas R$ 304 bilhões ou 64%.

Os principais motivos para esse resultado foram excesso de burocracia, crédito privado mais atraente, sem ferramentas de seguro rural, bancos mais rigorosos na análise, subvenção insuficiente e suspensão em fevereiro deste ano.

“Mesmo diante dos embaraços do último Plano Safra, os produtores procuraram por outras fontes de crédito rural. Aumentos dos custos de produção, principalmente por conta da elevação do dólar, trouxeram maior necessidade de custeio”, esclareceu.

Em relação ao seguro rural e ao Proagro, Guilherme Rios disse que as ferramentas estão enfraquecidas ou com problemas de eficiência. Em 2024, o Proagro custou 4,5 vezes a mais do que o PSR, porém cobriu apenas 56% de sua área. “É importante que tenhamos meios de modernizar o Proagro e otimizar o orçamento público, garantindo maior eficiência à gestão de riscos”.

Por fim, o assessor técnico da CNA apresentou as dez propostas prioritárias do Sistema CNA/Senar para o Plano Agrícola e Pecuário 2025/2026. O documento foi construído em conjunto com os produtores rurais e apoio das federações estaduais e sindicatos. “Nessas reuniões ouvimos os mais variados relatos. E foi possível perceber que cada região possuía suas particularidades”, concluiu.

 

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