Com o preço do milho em alta, os avicultores de postura enfrentam custos maiores em um cenário de mercado no qual o valor dos ovos apresenta variações regionais. Segundo o indicador ESALQ/BM&FBOVESPA, o milho, fundamental na alimentação das poedeiras, registrou R$74,45 por saca de 60 kg nesta quarta-feira, 13 de novembro, apresentando uma variação mensal de 2,07%. Esse aumento, embora moderado, pressiona o custo de produção, dificultando a rentabilidade dos produtores, sobretudo porque o milho representa um componente significativo na ração utilizada nas granjas.
Em contrapartida, os preços dos ovos mostraram tendências diversas conforme a região e o tipo de produto. Em São Paulo, o mercado CIF (preço com frete) para ovos brancos fechou em R$135,69, apresentando uma leve queda de 0,06% no dia. Já os ovos vermelhos, mais valorizados, tiveram uma alta de 0,18%, alcançando R$153,28. No Espírito Santo, os ovos brancos FOB (preço sem frete) em Santa Maria de Jetibá foram cotados a R$129,28, com recuo de 0,36%. Em Recife, tanto os ovos brancos quanto os vermelhos sofreram quedas mais significativas, de 1,15% e 0,49%, respectivamente.
Esse cenário evidencia o desafio para o avicultor de postura: enquanto os custos de produção sobem com o encarecimento do milho, os preços dos ovos variam conforme o tipo e a localização, o que afeta diretamente a margem de lucro. Com a expectativa de um aumento na demanda de ovos nos próximos meses, o setor poderá ver alívios temporários, mas a pressão sobre os custos ainda representa um obstáculo para a rentabilidade sustentável no médio prazo.