Em setembro, pelo terceiro mês consecutivo, a inflação medida pelo IGP-DI da Fundação Getúlio Vargas registrou deflação (-0,38%), retrocedendo – na vigência do Real – ao menor nível dos últimos cinco meses.
Não foi isso, porém, que aconteceu com o milho, que voltou a registrar aumento e, com isso, reaproximou-se do IGP-DI acumulado, do qual ficou menos de 33 pontos percentuais aquém no mês de setembro.
Já a distância dos dois principais produtos avícolas em relação ao IGP-DI continua bem maior. A do frango vivo é de cerca de 205 pontos percentuais, mais do que dobrando no tocante ao ovo (434 pontos percentuais).
Tivessem os preços corrigidos pelo IGP-DI do Real – o que representaria operar com valores muito próximos aos de sua principal matéria-prima, o milho – o frango vivo teria sido comercializado no mês passado por R$6,96/kg e o ovo por R$223,65/caixa. Mas ficaram, respectivamente, a 82% e a 62% do que seria seu valor real. Para o milho, essa defasagem foi mínima, inferior a 3%.
Notar (tabela abaixo do gráfico) que, entre os três produtos analisados, apenas o milho não contribuiu para a deflação de setembro, pois aumentou perto de 1%. Enquanto isso, frango e ovo viram seus preços refluírem quase 5% em relação ao mês anterior.