Ontem, a quinta-feira (18) chegou ao final com os preços do milho registrando leves recuos no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, não foram percebidas valorizações em nenhuma das praças.
Já as desvalorizações apareceram apenas em Cândido Mota/SP (1,23% e preço de R$ 80,50) e Brasília/DF (2,74% e preço de R$ 71,00).
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, o mercado físico do milho esteve mais calmo em relação ao ritmo de negócios nos últimos dias. “Apesar disto, os preços seguiram firmes com o produtor cadenciando o que pode suas vendas, mesmo com o avançando mais rápido do plantio recentemente em boa parte dos estados produtores”.
A Agrifatto Consultoria acrescenta ainda que, “os preços do milho no mercado físico brasileiro seguem em valorização com os vendedores pressionando os preços, pedindo valores acima de R$ 95,00/sc em Campinas/SP, no entanto, a referência para negócios ainda se aproxima dos R$ 93,50/sc”.
B3
Os preços futuros do milho tiveram uma quinta-feira de recuos na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações negativas entre 1,36% e 1,68% ao final do dia.
O vencimento maio/21 foi cotado à R$ 93,30 com perda de 1,59%, o julho/21 valeu R$ 88,86 com baixa de 1,38%, o setembro/21 foi negociado por R$ 83,83 com queda de 1,36% e o novembro/21 teve valor de R$ 84,30 com desvalorização de 1,63%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 começa a se acomodar um porque os setores de ração, ovos, leite, suínos e granjeiros não conseguem bancar milho acima de R$ 90,00.
Brandalizze destaca ainda que as atenções também estão na reta final do plantio da safrinha que, mesmo com atraso, existem apostas de produção dentro da normalidade. “A principio o mercado está um pouco mais acomodado”, aponta.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro também tiveram flutuações baixistas na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta quinta-feira. As principais cotações registraram movimentações negativas entre 7,50 e 12,25 pontos ao final do dia.
O vencimento maio/21 foi cotado à US$ 5,46 com baixa de 11,50 pontos, o julho/21 valeu US$ 5,30 com desvalorização de 12,25 pontos, o setembro/21 foi negociado por US$ 4,86 com queda de 10,75 pontos e o dezembro/21 teve valor de US$ 4,68 com perda de 7,50 pontos.
Esses índices representaram baixas, com relação ao fechamento da última quarta-feira e de 2,15% para o maio/21, de 2,21% para o julho/21, de 2,21% para o setembro/21 e de 1,47% para o dezembro/21.
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho caíram na quinta-feira em uma retração adicional em relação às altas recentes, já que a melhora do clima da safra na América do Sul e as expectativas de grandes aumentos de plantio nos Estados Unidos nesta primavera pesaram sobre os preços.
“Um dólar norte-americano firme e os preços da energia em queda, com o petróleo bruto caindo mais de 5%, alimentaram ainda mais as vendas em quedas generalizadas nos mercados de commodities”, destaca Karl Plume da Reuters Chicago.
A publicação destaca ainda que, esses fatores de baixa ofuscaram as vendas semanais de exportação de milho mais fortes do que o esperado e a confirmação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) de grandes vendas de milho para a China pelo terceiro dia consecutivo.
“A melhora nas chuvas, especialmente na Argentina, está pesando sobre o comércio de modo que os preços estão recuando das altas de vários anos. O único lado bom que vejo são as vendas semanais de exportação acima das expectativas de milho. Já sabemos o que pode ser marcado para o relatório da próxima semana, então compre o boato, venda o fato hoje”, disse Terry Reilly, analista sênior de commodities da Futures International.
O USDA confirmou que as vendas de milho dos EUA para a China totalizaram quase 3,1 milhões de toneladas nos últimos três dias, junto com vendas semanais de 1,23 milhão de toneladas na semana encerrada em 11 de março, superando as expectativas comerciais.