Gripe aviária: mais de 600 leões marinhos morrem da doença no Peru; OMS monitora e diz que risco em humanos continua baixo

Preocupação é de que o vírus possa ter se adaptado aos mamíferos e se tornado mais perigoso para seres humanos.

Esta semana, o governo do Peru informou que pelo menos 634 leões marinhos e mais de 55 mil aves morreram em áreas naturais protegidas do país vítimas da gripe aviária desde novembro do ano passado, quando o governo decretou um alerta sanitário nacional.

Na Espanha, criadores de visons, uma espécie de mamífero “prima” do furão, também relataram recentemente um surto de H5N1.

Já no Reino Unido, nove lontras e raposas contraíram a gripe desde 2021, de acordo com dados da Agência de Saúde Animal e Vegetal (APHA).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) monitora essa disseminação do vírus, já que há uma preocupação que ele possa ter se adaptado aos mamíferos e se tornado perigoso para seres humanos.

As infecções humanas, porém, que muitas vezes podem levar a sintomas graves, são muito menos comuns.

Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), no continente americano, até agora, somente duas infecções do tipo foram confirmadas: a primeira em abril de 2022 nos Estados Unidos e a segunda em 9 de janeiro de 2023 no Equador.

Abaixo, entenda quais são os riscos para pessoas e animais.

A doença pode infectar seres humanos?

O risco para os humanos é baixo, conforme explicou na última semana o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom.

Ele disse que o risco para os humanos permanece baixo, observando que os casos humanos são raros desde que a cepa da gripe surgiu em 1996.

“Mas não podemos presumir que isso continuará sendo o caso e devemos nos preparar para qualquer mudança no status quo”, disse Tedros.

Ele disse que as pessoas não devem tocar em animais selvagens mortos ou doentes e, em vez disso, denunciá-los às autoridades locais e nacionais, que estão monitorando a situação.

A OMS também recomendou o fortalecimento da vigilância em ambientes onde humanos e animais interagem, disse Tedros.

No mundo todo, 868 infecções humanas com a gripe aviária H5N1 foram relatadas em 21 países de janeiro de 2003 a 25 de novembro de 2022, segundo a OMS. Destes casos, 457 foram fatais, cerca de 53%.

Em janeiro, a OMS relatou o primeiro caso humano conhecido do vírus da gripe aviária H5 na América Latina e no Caribe – uma infecção em uma menina de nove anos na zona rural do Equador. A menina, que estava em contato com aves de quintal, foi hospitalizada, informou a agência em 18 de janeiro.

Os casos humanos são geralmente o resultado da exposição direta ou indireta a aves vivas ou mortas infectadas ou ambientes contaminados, disse a OMS.

Quais países registraram casos em aves recentemente?

Pelo menos 60 países registraram casos desde outubro de 2021, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde Animal repassados à Reuters. Entre os países afetados estão Índia, Taiwan, Nepal, Peru, República Tcheca, Romênia e Níger.

Quais aves podem ser infectadas?

Aves selvagens, incluindo aves aquáticas como patos, podem transmitir vírus da gripe aviária (mesmo sem parecer doentes) e facilmente transmiti-lo para aves domesticadas, como galinhas e perus.

Outras espécies podem ser infectadas?

Mamíferos, incluindo ursos, focas, raposas e gambás, foram infectados com a gripe aviária.

No caso do Reino Unido, porém, acredita-se que os animais tenham comido pássaros selvagens mortos que foram infectados com o vírus.

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