O avanço da gripe aviária sobre países vizinhos ao Brasil ligou o alerta máximo para criadores, indústrias e representantes do governo.
Junto aos cuidados rotineiros adotados nas propriedades, é importante ressaltar a necessidade de incorporar práticas que ajudem a prevenir a chegada da doença que pode causar perdas bilionárias à economia do Brasil, maior exportador mundial de carne de frango.
Em janeiro, o país exportou um volume recorde para o mês. De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), os embarques somaram 420,9 mil toneladas, 20,6% a mais que no mesmo período no ano passado. A receita aumentou em 38,9% na mesma comparação, chegando a US$ 856,6 milhões.
Status sanitário
São mais de 40 países que registram focos ativos de gripe aviária em um cenário considerado o pior já visto pelos representantes do setor. O Brasil nunca registrou uma ocorrência do problema.
Para manter esse status sanitário, a ABPA distribuiu um manual de biosseguridade com os procedimentos indicados para os processos nas unidades produtivas.
Por meio de nota técnica, a Associação recomendou a proibição total de visitas aos aviários por pessoas que não componham o quadro de produção, mesmo quando cumpridos os períodos de quarentena.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) também vem enfatizando a relevância de protocolos de prevenção. Na semana passada, a pasta lançou o livro digital “Diálogos para Prevenção da Influenza Aviária”, como parte da campanha “Influenza Aviária? Aqui não!”.
Parte do conteúdo faz referência aos cuidados que os avicultores devem ter nas granjas para impedir a entrada do vírus. A seguir, conheça as principais medidas.
A doença
A influenza aviária, também conhecida como gripe aviária, é uma doença muito contagiosa, provocada por um vírus, e que pode afetar a saúde de aves domésticas e silvestres.
Não há risco de contaminação pelo consumo de carne e ovos. Até este momento, o vírus mais infeccioso e letal, chamado de alta patogenicidade, ainda não foi detectado no país.
Sintomas
Nas aves, a doença afeta grande quantidade de animais e provoca mortalidade elevada. Os principais sinais clínicos observados são falta de coordenação motora, torcicolo, dificuldade em respirar e intensa diarreia.
Qualquer cidadão que encontrar aves com esses sintomas pode notificar a vigilância por meio do site e-Sisbravet ou nos escritórios locais de serviços veterinários oficiais.