IMA se prepara para realizar exames PCR da gripe aviária

Equipamento para os testes foi doado ao instituto pela Associação dos Avicultores de Minas Gerais (Avimig)

Como medida de enfrentamento à gripe aviária no estado, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), está se preparando para realizar os diagnósticos da influenza e da Doença de Newcastle, que também afeta os plantéis de aves, no Laboratório de Saúde Animal (LSA) da instituição, localizado em Belo Horizonte.

A técnica utilizada para esses diagnósticos é chamada de PCR em tempo real. PCR é a sigla, em inglês, para Polymerase Chain Reaction, que significa Reação em Cadeia da Polimerase. É uma metodologia laboratorial utilizada para amplificar e produzir cópias de segmentos específicos do DNA.

O método permite a detecção e quantificação do RNA dos vírus em amostras coletadas de aves infectadas. RNA é a sigla para Ácido Ribonucleico (em inglês, Ribonucleic Acid). É uma molécula essencial para a vida e desempenha várias funções cruciais nos organismos. Ele  é fundamental para a transmissão e expressão da informação genética.

No Brasil, o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária, localizado em Campinas, no interior de São Paulo, é referência para o diagnóstico da influenza aviária e da Doença de Newcastle utilizando essa técnica. As amostras mineiras são encaminhadas à cidade paulista atualmente.

No estado, a Associação dos Avicultores de Minas Gerais (Avimig) formalizou um termo de cooperação técnica com o IMA e doou um equipamento de PCR em tempo real à instituição para auxiliar na prevenção e na vigilância da influenza aviária.

“A doação teve como objetivo contribuir para a identificação do vírus da influenza e de outras enfermidades com rapidez. Considero que, desta forma, o setor privado ajudou a agilizar as ações necessárias para análises laboratoriais do setor público oficial, que é o responsável pelo monitoramento e pela aplicação das leis vigentes quanto à defesa sanitária em Minas”, diz o presidente do Conselho Diretor da Avimig, Antônio Carlos Vasconcelos Costa.

Para a correta operação da PCR em tempo real, o prédio do Laboratório de Saúde Animal passou por reformas entre 2019 e 2020. Atualmente, o diagnóstico está em fase de implementação, por servidores que receberam treinamento em Campinas. No entanto, para que os exames tenham validade oficial, é necessário que o laboratório do IMA seja acreditado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e, em seguida, credenciado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) nesse diagnóstico.

O fiscal agropecuário e chefe do Laboratório de Saúde Animal, Guilherme Canhestro de Faria, explica que o trabalho atual consiste em verificar o funcionamento do equipamento, dos kits e insumos adquiridos pelo IMA para a realização do teste. “Faltam ainda alguns detalhes para que o sistema de gestão da qualidade do laboratório esteja preparado para a auditoria do Inmetro nesse escopo de acreditação, que acontecerá no início do próximo ano. No entanto, os resultados que obtivermos entre agosto e dezembro já servirão para fortalecer a vigilância ativa da doença e subsidiar as ações da defesa sanitária animal em Minas”, destaca.

A previsão é que a próxima auditoria do Inmetro nos laboratórios do IMA ocorra no início de 2024. Essas avaliações acontecem, pelo menos, a cada dois anos nos laboratórios acreditados. Além disso, está sendo estudada a possibilidade de implementação e acreditação do diagnóstico da raiva por PCR até 2026, em substituição à técnica utilizada hoje, que consiste na inoculação em camundongos.

Laboratório de Saúde Animal

O Laboratório de Saúde Animal está localizado no bairro Floresta, em Belo Horizonte, e é credenciado pelo Mapa para o diagnóstico de raiva, brucelose, anemia infecciosa equina, peste suína clássica, síndrome reprodutiva e respiratória suína, Doença de Aujeszky, sarna e leptospirose.

Além de atender às demandas do próprio IMA, o laboratório presta ainda assistência, por meio de acordos de cooperação técnica, à Cidasc e à Adagri, órgãos de defesa sanitária de Santa Catarina e do Ceará, respectivamente, e à iniciativa privada.

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