A Índia relatou oito surtos de gripe aviária H5N1 altamente patogênica em granjas e pequenas criações no estado de Andhra Pradesh, de acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Esses surtos resultaram na morte ou abate de aproximadamente 602.000 aves domésticas, levantando sérias preocupações sobre a saúde pública e a estabilidade econômica do Estado.
O Governo Central emitiu alertas e intensificou medidas de vigilância em vários estados, incluindo os estados de Jharkhand e Punjab, onde casos semelhantes foram relatados. Especialistas divulgaram instruções sobre medidas de segurança para indivíduos e avicultores para evitar uma maior disseminação do vírus.
Surtos recentes exigem medidas urgentes
Os oito surtos confirmados de influenza aviária H5N1 em Andhra Pradesh causaram alarme entre autoridades, avicultores e especialistas em saúde pública. De acordo com a OMSA, os surtos foram detectados tanto em granjas comerciais quanto em criações de aves domésticas, levando ao abate de mais de 600 mil aves para conter a disseminação.
O Departamento de Laticínios e Pecuária do Governo Central solicitou intensificação da vigilância em áreas de alto risco, como granjas avícolas, mercados de aves vivas e habitats de aves migratórias. Equipes de resposta rápida foram ativadas, e os sistemas veterinários estão sendo fortalecidas para gerenciar a situação de forma eficaz.
Falando sobre o assunto, um alto funcionário do Departamento de Pecuária declarou: “Estamos tomando todas as medidas necessárias para garantir que o surto não se espalhe ainda mais. Os avicultores estão sendo instruídos quanto às medidas de biossegurança, e as áreas afetadas estão sob monitoramento rigoroso”. No entanto, permanecem as preocupações quanto ao impacto econômico sobre os pequenos avicultores que dependem fortemente da criação de aves para sua subsistência.
Contexto mais amplo dos casos de gripe aviária
Esses surtos em Andhra Pradesh são parte de uma tendência mais ampla de casos de gripe aviária relatados em toda a Índia desde janeiro de 2025. Nove estados relataram incidentes semelhantes, com Jharkhand e Punjab entre as regiões mais afetadas. Na semana passada, por exemplo, ocorreram abates de mais de 5 mil aves em Ranchi, Jharkhand, após um surto rastreado até uma granja avícola do governo. Por sua vez, o estado de Telangana proibiu as importações de aves de Andhra Pradesh, após um surto ter sido confirmado no distrito de East Godavari.
Especialistas acreditam que falhas nos protocolos de biossegurança em instalações governamentais podem ter contribuído para alguns desses surtos. O Dr. Anil Kumar, epidemiologista veterinário, comenta: “Os surtos repetidos destacam problemas sistêmicos na gestão da biossegurança.
É imperativo abordar essas lacunas urgentemente para evitar ocorrências futuras”. Os efeitos cascata desses incidentes são evidentes nos mercados regionais de aves, visto que as proibições de movimentação interrompem as cadeias de suprimentos e criam dificuldades financeiras para os avicultores.
Impacto econômico sobre os criadores
Os surtos de gripe aviária não só levantam preocupações de saúde, mas também representam desafios econômicos significativos para os avicultores em toda a Índia. Pequenos criadores fortemente dependentes de seus planteis para obter renda estão enfrentando perdas devastadoras devido à obrigatoriedade do abate. Muitos temem que reconstruir seus negócios seja uma batalha difícil se não houver apoio governamental adequado.
Para mitigar esses desafios, especialistas sugerem garantir esquemas de compensação para avicultores afetados e oferecer assistência técnica para ajudá-los a se recuperar quando a situação se estabilizar. Aparentemente, o governo vem avaliando a possibilidade de propiciar ajuda para os criadores impactados pela crise, embora no momento os detalhes permaneçam obscuros.
A Perspectiva Lógica da Índia
Os surtos recorrentes de H5N1 ressaltam a necessidade urgente de mudanças sistêmicas na indústria avícola da Índia. Embora a resposta proativa do governo seja louvável, é essencial abordar vulnerabilidades subjacentes, como lapsos em protocolos de biossegurança e sistemas de vigilância insuficientes. Como cidadãos, devemos defender padrões de saúde animal aprimorados, ao mesmo tempo em que consideramos a situação econômica dos pequenos avicultores que arcam com o peso desses surtos.
No The Logical Indian, acreditamos que promover o diálogo entre as partes interessadas — avicultores, formuladores de políticas, cientistas e cidadãos — é crucial para criar soluções sustentáveis que equilibrem a segurança da saúde pública com a resiliência econômica