Centro de Diagnóstico e Pesquisa em Sanidade Animal aumentou o escopo para atender a sanidade avícola
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) credenciou o Centro de Diagnóstico e Pesquisa em Sanidade Animal (CDSA) da Universidade de Passo Fundo (UPF) com aumento do escopo de dez ensaios para atender à sanidade avícola. A habilitação para realizar ensaios em amostras oriundas dos programas de controles oficiais está autorizada desde o dia 15 de abril, quando foi publicada a portaria número 171. O anúncio ocorreu em um evento on-line promovido pela Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) em parceria com a UPF na sexta-feira (23/04), às 9h30. Cerca de 60 pessoas participaram entre lideranças institucionais, políticas, empresariais, acadêmicos e associados.
O presidente-executivo da Asgav, José Eduardo dos Santos, disse que essa conquista é muito importante por se tratar da habilitação de um centro de pesquisa localizado em uma região produtora do Rio Grande do Sul. “Vai reduzir o tempo de transporte de amostras por estar situada em um dos polos de produção agropecuária do Estado, o que agiliza todo o processo”, destaca. Santos também mencionou incentivadores desse avanço, como a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), assim como a reitora da UPF, Bernadete Maria Dalmolin, à chefe geral da Embrapa Suínos e Aves, Janice Reis Ciacci Zanella, ao senador Luís Carlos Heinze,
O professor responsável pelo CDSA, Fernando Pilotto, afirmou que, de julho de 2018 a abril de 2021, o CDSA passou por seis etapas para se adequar às exigências do Plano Nacional de Sanidade Animal (PNSA) e receber o credenciamento. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (Sdetc) concedeu recursos para efetuar essa adaptação do lugar. “Recebemos o fomento de R$ 655 mil”, explica. Em 2018 o laboratório teve a liberação da verba estadual e, em 2019, iniciou suas atividades.
A coordenadora técnica do CDSA, Natalie Nadin Rizzo, apresentou o fluxograma e a estrutura laboratorial, composta por sete áreas distribuídas em 386 metros quadrados, integrada ao Parque Científico e Tecnológico da UPF. Além disso, a coordenara salientou que, desde o ano passado, há um espaço destinado à Covid-19. “Em razão da pandemia do coronavírus, o laboratório também está operacionalizando no diagnóstico dos testes da doença”, salienta.
O senador Luís Carlos Heinze elogiou a utilização do laboratório de uma universidade para atender um setor econômico e entende que o Brasil precisa usar mais o conhecimento das universidades para produzir negócios, a exemplo do que ocorre nos Estados Unidos e Israel. “O Brasil está em 7º lugar na publicação de artigos acadêmicos e 78º em negócios gerados, o que deve mudar”, ressalta.
O presidente do conselho consultivo da ABPA, Francisco Turra, parabenizou a equipe do laboratório e a reitoria da UPF por esta importante conquista.