Ontem, a terça-feira (30) chegou ao final com os preços do milho se movimentando para os dois lados no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas desvalorizações em Rondonópolis/MT e Alto Garças/MT (1,35% e preço de R$ 73,00), Itiquira/MT (1,37% e preço de R$ 72,00) e Primavera do Leste/MT (1,39% e preço de R$ 71,00).
Já as valorizações apareceram nas praças de Cascavel/PR (0,60% e preço de R$ 83,50), Ponta Grossa/PR, Pato Branco/PR e Palma Sola/SC (1,18% e preço de R$ 86,00), Ubiratã/PR, Londrina/PR e Marechal Cândido Rondon/PR (1,20% e preço de R$ 84,00), Eldorado/MS (1,26% e preço de R$ 80,50), Brasília/DF (1,37% e preço de R$ 74,00), Itapetininga/SP (2,17% e preço de R$ 94,00), Rio do Sul/SC (2,50% e preço de R$ 82,00) e Oeste da Bahia (4,26% e preço de R$ 73,50).
De acordo com o reporte diário da Radar investimentos, “os participantes do mercado estão atentos a divulgação do relatório da área plantada nos Estados Unidos nesta quarta-feira. Outro ponto que tem sido monitorado de perto é o clima na América do Sul. Em Campinas-SP, as cotações seguem firmes, mas com ofertas de compra e venda relativamente distantes”.
Enquanto isso, o plantio da segunda safra de milho 2021 no Centro-Sul do Brasil atingiu 95,7% da área estimada de 14,212 milhões de hectares, conforme aponta o levantamento de SAFRAS & Mercado. No mesmo período do ano passado o cultivo atingia 96,6% da área de 13,27 milhões de hectares da safrinha 2020, enquanto a média de plantio para o período nos últimos cinco anos é de 99%.
B3
Os preços futuros do milho foram perdendo força ao longo do dia e encerraram a terça-feira recuando na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações negativas entre 0,49% e 0,75% ao final do dia.
O vencimento maio/21 foi cotado à R$ 93,90 com baixa de 0,70%, o julho/21 valeu R$ 89,00 com desvalorização de 0,75%, o setembro/21 foi negociado por R$ 83,90 com queda de 0,71% e o novembro/21 teve valor de R$ 84,70 com perda de 0,49%.
O analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, destaca que as lavouras de safrinha já estão plantadas e o clima está sendo favorável para o desenvolvimento vegetativo das lavouras, com a maior parte do plantio após 25 de fevereiro.
“Foram quase 15 milhões de hectares de safrinha plantados, um recorde histórico, e o produtor está esperando para negociar. Os portos de agosto e setembro apontam para R$ 75,00 a saca na exportação e praticamente sem vendedores”, diz.
Brandalizze destaca ainda que, em abril devemos acompanhar uma diminuição no alojamento de aves e suínos em função do alto custo de produção e da pressão por demanda.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT) acumulou flutuações baixistas durante toda a terça-feira para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registraram movimentações negativas entre 7,50 e 8,75 pontos ao final do dia.
O vencimento maio/21 foi cotado à US$ 5,39 com perda de 7,50 pontos, o julho/21 valeu US$ 5,22 com queda de 8,75 pontos, o setembro/21 foi negociado por US$ 4,71 com baixa de 8,00 pontos e o dezembro/21 teve valor de US$ 4,52 com desvalorização de 8,75 pontos.
Esses índices representaram perdas, com relação ao fechamento da última segunda-feira, de 1,28% para o maio/21, de 1,69% para o julho/21, de 1,67% para o setembro/21 e de 1,95% para o dezembro/21.
Segundo informações da Agência Reuters, o milho nos Estados Unidos caiu na terça-feira, com os traders liquidando posições e registrando lucros um dia antes de dois relatórios importantes do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
“Poucas coisas mudaram nos fundamentos subjacentes hoje, mas o fluxo de dinheiro está saindo do setor com base no dólar forte e devido a temores sobre possíveis surpresas nos números do governo de amanhã”, escreveu Arlan Suderman, economista-chefe de commodities da StoneX, em nota aos clientes.
Os comerciantes estão se preparando para o relatório de intenções de plantio do USDA na quarta-feira e os relatórios trimestrais de estoque de grãos, que têm um histórico de abalar os mercados, de acordo com a Agência.
“Os analistas, em média, esperam que o USDA projete plantações expandidas de milho e soja nos EUA em 2021 em relação ao ano passado, enquanto os estoques de milho, soja e trigo de 1º de março são vistos como os mais baixos em vários anos”, destaca Julie Ingwersen da Reuters Chicago.