Já as desvalorizações apareceram em Ponta Gross/PR (2,22%), Cascavel/PR (1,23%), Palma Sola/SC (1,18%), Rio do Sul/SC (4,60%), Rondonópolis/MT (4,55%), Primavera do Leste/MT (2,51%), Alto Garças/MT (3,36%), Itiquira/MT (2,51%), São Gabriel do Oeste/MS (11,11%), Maracaju/MS (11,36%), Campo Grande/MS (12,50%), e Cândido Mota/SP (2,41%).
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “os indicadores do físico têm cedido diariamente com o comprador mais ausente dos negócios em parte das praças neste momento”.
A análise da Agrifatto Consultoria acrescenta ainda que, “com a colheita do milho de segunda safra ainda engatinhando, as negociações do físico partiram para o patamar de R$ 93,00/sc em Campinas/SP. No entanto, os compradores pressionam na busca por preços ainda menores”.
Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, o preço da saca do milho se desvalorizou 3,50% negociado a R$ 82,81. “O preço do cereal em queda é reflexo da desvalorização das cotações no mercado externo somado ao comportamento de queda dólar frente ao real”, aponta a Famasul.
Já em Goiás, a saca do cereal encerrou a sexta-feira (11) valendo, em média, R$ 80,03 com estabilidade com relação à semana anterior. A semana foi de forte volatilidade no mercado do milho. Após uma semana de forte queda, o período atual busca pela recuperação. No entanto, com as chuvas aliviando a situação de algumas lavouras e o início da colheita em algumas regiões do país, não permitiram novas altas”, explica o Ifag.
B3
Os preços futuros do milho fecharam a quarta-feira contabilizando perdas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações negativas entre 1,25% e 2,34% ao final do dia.
O vencimento julho/21 foi cotado à R$ 87,21 com queda de 1,68%, o setembro/21 valeu R$ 87,70 com desvalorização de 2,34%, o novembro/21 foi negociado por R$ 88,73 com baixa de 2,04% e o janeiro/22 teve valor de R$ 91,10 com recuo de 1,25%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, as quedas no Brasil acontecem em função da baixa do Dólar ante ao Real e destaca que existe folego para cair mais, mesmo com quebras na safrinha.
“Quebrou a safrinha? Quebrou, mas se a gente colher o menor número de safrinha que o mercado está esperando, perto de 60 milhões de toneladas, ele já é 20 milhões acima do que o que vai se consumir no segundo semestre e vai ter que exportar, que, no momento, paga R$ 80,00”, explica Brandalizze.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) subiu em boa parte do dia, mas encerrou a quarta-feira em campo misto para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registraram movimentações entre 3,25 pontos negativos e 5,50 pontos positivos ao final do dia.
O vencimento julho/21 foi cotado à US$ 6,73 com ganho de 5,50 pontos, o setembro/21 valeu US$ 5,88 com perda de 3,25 pontos, o dezembro/21 foi negociado por US$ 5,72 com baixa de 1,25 pontos e o março/22 teve valor de US$ 5,79 com queda de 1,25 pontos.
Esses índices representaram alta, com relação ao fechamento da última terça-feira, de 0,90% para o julho/21, além de recuos de 0,51% para o setembro/21, de 0,17% para o dezembro/21 e de 0,17% para o março/22.
Segundo informações do site internacional Successful Farming, na quarta-feira, os mercados agrícolas do CME Group fecharam com os futuros do milho em julho mais altos e os demais vencimentos mais baixos, com os investidores acreditando que a chuva está chegando para as lavouras norte-americanas.
“Os modelos meteorológicos vão virar. Na semana passada, os modelos mostraram condições de crescimento quentes, secas e difíceis. Agora, cinco dias depois, as modelos projetam de 7 a 15 centímetros de chuva com um alvo em Iowa. Se Iowa atingir de 7 a 15 centímetros, o problema provavelmente está resolvido; 1 a 2 polegadas ajuda, mas não resolve o déficit de umidade de longo prazo”, afirmou Al Kluis, da Kluis Advisors, em uma nota aos clientes.