A última sexta-feira (19) chegou ao final com os preços do milho um pouco mais elevados no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, não foram percebidas desvalorizações em nenhuma das praças.
Já as valorizações apareceram apenas em Cascavel/PR (0,63% e preço de R$ 79,50), Ponta Grossa/PR (1,20% e preço de R$ 84,00), Dourados/MS (2,41% e preço de R$ 85,00), Brasília/DF (2,82% e preço de R$ 73,00) e Castro/PR (4,76% e preço de R$ 88,00).
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, o mercado de milho esteve mais calmo , em relação ao volume de negócios e também de preços no físico. “A queda do petróleo influencia nas cotações dos EUA e ajuda a arrefecer a tendência nos demais países. No Brasil, o clima deu um ligeiro alívio as preocupações ao desenvolvimento das lavouras nos últimos dias”.
Um levantamento realizado pela consultoria SAFRAS & Mercado aponta que a produção nacional de milho deve alcançar o recorde de 112,8 milhões de toneladas, patamar inferior as 113,5 milhões de toneladas estimadas em janeiro.
Para compor este total, a safra verão deverá contribuir com 21,645 milhões de toneladas e a safrinha disponibilizando 80,685 milhões de toneladas, ante 84,027 milhões vistas na projeção anterior, mas bem maior do que as 73,478 milhões de toneladas da safra passada.
B3
Os preços futuros do milho recuaram ao longo de toda a sexta-feira na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações negativas entre 0,41% e 1,17% por volta das 16h21 (horário de Brasília).
O vencimento maio/21 foi cotado à R$ 92,74 com alta de 0,60%, o julho/21 valeu R$ 88,50 com baixa de 0,41%, o setembro/21 foi negociado por R$ 82,85 com desvalorização de 1,17% e o novembro/21 tinha valor de R$ 83,61 com queda de 0,82%.
Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho acumularam perdas de 0,28% para o maio/21 e de 0,42% pra o setembro/21, além de elevações de 0,68% para o julho/21 e de 0,25% para o novembro na comparação com a última sexta-feira (12).
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 segue sinalizando que os setores de ração, leite, ovo consideram as cotações muito elevadas. “Vemos que grandes empresas reduziram o alojamento de frango porque muitos estão trabalhando com margens negativas, uma vez que o milho acima de R$ 90,00 é inviável”, afirma.
Mercado Externo
Já os preços internacionais do milho futuro ganharam força ao longo do dia e fecharam a semana subindo na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 3,50 e 11,25 pontos ao final da sexta-feira.
O vencimento maio/21 foi cotado à US$ 5,57 com valorização de 11,25 pontos, o julho/21 valeu US$ 5,38 com alta de 8,50 pontos, o setembro/21 foi negociado por US$ 4,89 com ganho de 3,25 pontos e o novembro/21 tinha valor de US$ 4,71 com elevação de 3,50 pontos.
Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última quinta-feira, de 2,01% para o maio/21, de 1,51% para o julho/21, de 0,62% para o setembro/21 e de 0,64% para o dezembro/21.
Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho acumularam ganhos de 3,34% para o maio/21 e de 1,89% para o julho/21, além de queda de 1,41% para o setembro/na comparação com a última sexta-feira (12).
Segundo informações do site internacional Successful Farming, na sexta-feira, os mercados agrícolas do CME Group fecharam em alta impulsionados por bons números de exportação divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Na sexta-feira, exportadores privados relataram ao USDA vendas de exportação de 800.000 toneladas de milho para entrega à China durante o ano comercial de 2020/2021. Isso traz o total de três dias para mais de 4,0 milhões de toneladas (de milho americano vendido à China esta semana.
“As altas do milho receberam outro excelente relatório semanal de vendas de exportação na quinta-feira de manhã. Houve outra venda relâmpago anunciada para a China por as, o que eleva o total de três dias. Esses números aparecerão no relatório da próxima semana”, aponta Bob Linneman, da Klus Advisors .