Ontem, a quarta-feira (27) chegaou ao fim com os preços do milho pouco modificados no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas valorizações apenas em Londrina/PR (0,60% e preço de R$ 73,00), Jataí/GO e Rio Verde/GO (1,35% e preço de R$ 75,00).
Já as desvalorizações apareceram somente nas praças de Cândido Mota/SP (0,67% e preço de R$ 74,50), Itapetininga/SP (1,19% e preço de R$ 83,00) e Brasília/DF (1,35% e preço de R$ 73,00).
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “a queda do dólar somada a um alívio sobre o desempenho das lavouras na América do Sul têm dado o tom negativo para as cotações do milho durante esta semana”. Além disso, “as ofertas do cereal são crescentes em São Paulo”.
No Mato Grosso do Sul, por exemplo, o preço da saca do milho se desvalorizou 0,68% entre 18 a 25 de janeiro de 2021, encerrando o período negociado a R$ 72,63, de acordo com o último boletim divulgado pela Famasul.
Por outro lado, em Goiás, o cereal registrou leve acréscimo de 0,41% na semana ficando com preço médio de R$ 71,91 a saca. “A baixa disponibilidade do cereal no mercado goiano e a pouca liquidez foram os grandes responsáveis por este cenário“, diz o Ifag.
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Os preços futuros do milho contabilizaram leves altas durante boa parte da quarta-feira, mas perderam força na reta final do dia. As principais cotações registraram movimentações negativas entre 0,76% e 2,05%.
O vencimento março/21 foi cotado à R$ 83,97 com desvalorização de 2,05%, o maio/21 valeu R$ 81,31 com perda de 1,24%, o julho/21 foi negociado por R$ 74,35 com queda de 1,54% e o setembro/21 teve valor de R$ 72,85 com baixa de 0,76%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, essa situação de redução nas cotações se deu por um movimento de liquidação de lucros após as últimas altas, mas as notícias seguem sendo positivas para o mercado.
“A China levou 680 mil toneladas de milho norte-americano hoje, 11 navios em uma pegada só, ontem já tinham sido 1,060 milhão de toneladas, já levaram mais de 20 milhões nos últimos 5 meses e seguem com fome de milho. O mercado precisa do grão, os russos e os ucranianos vão exportar menos e o Brasil e a Argentina ainda vão depender muito de clima”, aponta Brandalizze.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) também reduziu sua força ao longo do dia para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registraram movimentações entre 2,00 pontos negativos e 1,75 pontos positivos ao final da quarta-feira.
O vencimento março/21 foi negociado por US$ 5,34 com valorização de 1,75 pontos, o maio/21 valeu US$ 5,35 com alta de 1,50 pontos, o julho/21 foi negociado por US$ 5,28 com ganho de 0,50 pontos e o setembro/21 teve valor de US$ 4,68 com desvalorização de 2,00 pontos.
Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última terça-feira, de 0,38% para o março/21, de 0,38% para o maio/21 e de 0,19% para o julho/21, além de queda 0,43% para o setembro/21.
Segundo informações do site internacional Successful Farming, na quarta-feira, os mercados agrícolas do CME Group começaram em forte alta, antes de venderem muitas posições e fecharem em campo misto.
“Esta manhã, os mercados de grãos continuaram fortes em mais uma rodada de compras chinesas. Por outro lado, o clima na América do Sul está se tornando mais favorável, com chuvas suficientes na previsão estendida. Esse cabo de guerra constante entre histórias opostas é o que mantém a volatilidade alta. Observe que a tendência geral da safra anterior de milho e soja deve permanecer forte”, diz Britt O’Connell, da ever.ag.