Na luta contra a IAAP, África do Sul opta pela vacinação em massa de aves

Descrevendo a estratégia de vacinação contra a gripe aviária do governo em evento que reuniu a avicultura da África do Sul, o vice-diretor geral de Produção Agrícola, Biossegurança e Gestão de Recursos Naturais, Dipepeneneng Serage, disse que sua estratégia com a primeira vacinação em massa é garantir o máximo benefício da vacinação com o mínimo de risco dos efeitos negativos advindos do uso descontrolado.

Serage, palestrante principal na recente conferência avícola, confirmou que o governo está prosseguindo com a estratégia de vacinação contra a Influenza Aviária Altamente Patogênica (IAAP).

Após o encontro, a Associação Avícola da África do Sul emitiu um comunicado classificando a vacinação em massa como um “desenvolvimento significativo para o setor avícola da África do Sul”.

A gripe aviária tem causado mortes em diversas espécies de aves na Ilha Marion, a cerca de 1.920 km a sudeste da Cidade do Cabo, e em maio deste ano a África do Sul suspendeu as importações de aves vivas, ovos e carne de aves fresca e congelada do Brasil após um surto de gripe aviária aguda (HAPA) no país latino-americano.

Serage destacou o compromisso do departamento em garantir que a avicultura possa continuar de forma segura e sustentável. “Meu trabalho é unir ciência e legislação e permitir que o setor produza sem arriscar a saúde de ninguém, ao mesmo tempo em que posiciono a África do Sul como um exportador líquido de alimentos”, disse ele.

A associação avícola afirma que a estratégia governamental de vacinação contra a IAAP é uma abordagem controlada e baseada em ciência.

A estratégia se concentrará em quatro pilares principais:

1. Uso controlado de vacinas – Serão utilizadas apenas vacinas registradas na África do Sul. As vendas e a distribuição serão rigorosamente controladas, e os avicultores devem se registrar e cumprir os protocolos de biossegurança e vigilância.

2. Biossegurança – Práticas aprimoradas nas granjas continuarão sendo essenciais para prevenir a propagação de doenças.

3. Rastreabilidade – Todos os rebanhos vacinados devem ser rastreáveis para manter a integridade da exportação e a transparência sanitária.

4. Vigilância – O monitoramento contínuo garantirá a detecção precoce e o manejo eficaz de quaisquer surtos.

De acordo com a associação avícola, a África do Sul está pronta para iniciar a vacinação imediatamente.

Três vacinas H5 foram oficialmente registradas para uso, com uma vacina H7 atualmente em desenvolvimento.

Uma granja já está em avaliação para verificar a conformidade e pode ser a primeira a iniciar a vacinação sob a nova estrutura.

“Temos os dados, sabemos por quais granjas vamos começar – agora temos que começar”, disse Serage.

Serage reconheceu que a ciência ainda está evoluindo, mas a urgência da situação exige ação. “Esperamos que a ciência evolua muito mais rápido para que possamos falar livremente sobre a vacinação contra a gripe aviária”, disse ele.

O Ministro da Agricultura, John Steenhuisen, que também participou do encontro do setor, disse que o governo está priorizando áreas de alto risco e rebanhos comerciais.

Steenhuisen disse que estão sendo desenvolvidos mecanismos de rastreabilidade e relatórios como parte de uma estratégia de preparação mais ampla.

A Associação Avícola da África do Sul ressalta que essa medida representa um grande passo à frente para a biossegurança na indústria avícola da África do Sul e sinaliza a determinação do governo em proteger a saúde pública e a economia agrícola do país.

Em uma declaração anterior, a associação declarou que o impacto de um surto no setor é severo.

Em 2023, mais de 9,6 milhões de aves foram abatidas, representando mais de um terço das aves de vida longa na área metropolitana de Gauteng, onde 90% das aves foram abatidas ou morreram.

“A perda mínima direta estimada para a indústria foi de R$ 9,5 bilhões.”

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