A terceira semana e o segundo decêndio de março vai caminhando para o seu final e os negócios realizados com ovos brancos e vermelhos continuam sendo realizados em ambiente fragilizado pelas incertezas que o momento apresenta. Mesmo assim, os preços se mantêm estabilizados desde o último dia de negócios do primeiro decêndio.
Em condições normais o restante de março não oferece expectativas maiores de mudanças porque o consumidor sente mais fortemente a perda em sua capacidade aquisitiva. Por sua vez, o comércio varejista segue abastecido para um eventual aquecimento de demanda, seja relacionado à Quaresma ou às ações de cunho governamental para tentar conter a proliferação do vírus da Covid no Estado.
Em março do ano passado, quando o vírus estava se propagando e as primeiras medidas em seu enfrentamento estavam sendo adotadas, houve a decisão de realizar um grande isolamento domiciliar que culminou em forte demanda por ovos.
O acompanhamento da evolução diária de preços realizada pelo Ovosite indica que os preços continuam apresentando involução próxima de 3,4% em relação ao recebido na abertura do mês, bem diferente dos índices positivos alcançados no mesmo período do ano passado e nos últimos 13 anos, na casa dos 6%.
Salvo algum fato extraordinário, o mercado de ovos deve seguir apresentando certa fragilidade pelas disponibilidades acima das necessidades. Pressionado por custos muito superiores aos preços recebidos, será preciso um esforço conjunto das empresas avícolas para que essa deterioração financeira não se aprofunde ainda mais.
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