A sexta-feira (22) chegou ao final com os preços do milho levemente mais baixos no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas valorizações apenas em Ponta Grossa/PR (1,33% e preço de R$ 76,00).
Já as desvalorizações apareceram nas praças de Eldorado/MS (0,42% e preço de R$ 70,50), Palma Sola/SC (0,64% e preço de R$ 78,00), Cândido Mota/SP (1,32% e preço de R$ 75,00) e Luís Eduardo Magalhães/BA (1,47% e preço de R$ 67,00).
Saca do milho perdeu força na sexta-feira
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, a semana no mercado físico do milho terminou mais pressionada para baixo do que iniciou. “Aos poucos mais ofertas do cereal tem chegado de outros estados em São Paulo, o que mina as tentativas de negócios em preços maiores”.
Enquanto isso, o Rio Grande do Sul já colheu 18% da sua safra de milho, enquanto o plantio avançou para 97% do total previsto. “A colheita de milho no Rio Grande do Sul chegou a 18% da área implantada com a cultura. As condições climáticas de chuvas em todas as regiões beneficiaram as lavouras, que estão em diversas fases de desenvolvimento”, destaca a Emater.
Já no Mato Grosso do Sul, a diminuição da oferta doméstica, seguindo o padrão sazonal normal, valorizou a saca do milho no estado em 0,69% entre 11 a 18 de janeiro de 2021, encerrando o período negociado a R$ 73,13, de acordo com a Famasul.
B3
Os preços futuros do milho tiveram um dia negativo na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações recuando entre 2,14% e 3,07% ao final da sexta-feira.
O vencimento março/21 era cotado à R$ 85,50 com desvalorização de 3,07%, o maio/21 valeu R$ 82,10 com perda de 2,63%, o julho/21 foi negociado por R$ 75,10 com queda de 2,34% e o setembro/21 teve valor de R$ 73,20 com baixa de 2,14%.
Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho acumularam desvalorizações de 3% para o março/21, de 2,84% para o julho/21, de 2,91% para o julho/21 e de 2,59% para o setembro/21 na comparação com a sexta-feira (15).
Cotações do milho encerram a semana caindo na B3
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado de milho brasileiro segue com forte demanda interna, pouca oferta e com os olhos voltados para o mercado internacional, que seguiu uma linha de defensiva neste final de semana.
“A onda de Coronavírus está incomodando e segue sendo o grande obstáculo. O mercado tem bons fundamentos, mas a semana vai fechando na linha da defensiva em todas as commodities”, explica Brandalizze.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) despencou nesta sexta-feira para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registraram movimentações negativas entre 21,25 e 23,75 pontos ao final do dia.
O vencimento março/21 foi cotado à US$ 5,00 com desvalorização de 23,75 pontos, o maio/21 valeu US$ 5,03 com queda de 23,25 pontos, o julho/21 foi negociado por US$ 4,98 com perda de 23,50 pontos e o setembro/21 teve valor de US$ 4,51 com baixa de 21,25 pontos.
Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento da última quinta-feira, de 4,58% para o março/21, de 4,37% para o maio/21, de 4.60% para o julho/21 e de 4,45% para o setembro/21.
Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho acumularam perdas de 5,84% para o março/21, de 5,81% para o maio/21, de 6,39% para o julho/21 e de 7,01% para o setembro/21 na comparação com a sexta-feira (15).
Preço do milho despencou em Chicago na última semana
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros do milho caíram próximos de seus limites diários de baixas, já que as chuvas nas principais áreas de cultivo da América do Sul acalmaram as preocupações com o fornecimento global e ofuscaram os fortes dados semanais de exportação dos Estados Unidos.
A publicação destaca que o milho continuou em queda, apesar das vendas de exportação de milho de safra antiga dos Estados Unidos na semana passada, que superaram as expectativas em 1,438 milhão de toneladas.
“A melhoria das condições climáticas na Argentina, o apoio do dólar americano e da colheita no Brasil, e investidores externos com posições de compra recorde, fizeram os grãos caírem com muitas incertezas ainda dirigindo os mercados. O clima mundial do fim de semana será observado de perto”, diz Jason Roose, da US Commodities.
“Acho que temos fundamentos de apoio em geral, mas não temos notícias para alimentá-los. Isso nos deixa vulneráveis a uma correção mais significativa”, acrescenta Arlan Suderman, economista-chefe de commodities da StoneX.