A segunda-feira (01) chega ao final com os preços do milho voltando a subir no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas desvalorizações apenas em Tangará da Serra/MT (1,45% e preço de R$ 68,00) e Campo Novo do Parecis/MT (1,47% e preço de R$ 67,00).
Já as valorizações apareceram em Pato Branco/PR (0,67% e preço de R$ 74,70), Marechal Cândido Rondon/PR e Ubiratã/PR (0,69% e preço de R$ 73,00), Eldorado/MS (0,72% e preço de R$ 70,00), Panambi/RS (1,29% e preço de R$ 80,04), Maracaju/MS e Campo Grande/MS (1,39% e preço de R$ 73,00), Porto Santos/SP (1,41% e preço de R$ 72,00), São Gabriel do Oeste/MS (2,82% e preço de R$ 73,00) e Ponta Grossa/PR (5,41% e preço de R$ 78,00).
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, o mercado físico do milho esteve mais ofertado nos últimos dias em São Paulo e nos estados vizinhos. “As preocupações com a greve dos caminhoneiros foi dissipada, visto que o movimento não há força”.
Ainda nesta segunda-feira, a Conab divulgou sua nota semanal apontando que, depois de terem atingido recorde real em algumas praças, os preços do milho voltaram a se enfraquecer no encerramento de janeiro na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea.
Segundo pesquisadores do Centro de Pesquisas, muitos vendedores passaram a ficar mais ativos no mercado, no intuito de aproveitar os valores elevados de negociação e de liberar espaço nos armazéns para a entrada da safra de verão. “Já compradores, atentos a esse movimento, se afastaram, à espera de novas quedas nos preços. Nem mesmo as altas externas e as exportações aquecidas foram suficientes para impedir as quedas internas”.
B3
Os preços futuros do milho tiveram um dia altista na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 1,71% e 2,20% ao final da segunda-feira.
O vencimento março/21 foi cotado à R$ 88,31 com elevação de 1,75%, o maio/21 valeu R$ 85,18 com alta de 1,71%, o julho/21 foi negociado por R$ 78,80 com valorização 2,20% e o setembro/21 teve valor de R$ 76,59 com elevação de 2,11%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado do milho ainda reflete a semana passada que foi muito boa após grandes compras chinesas nos Estados Unidos.
“O mercado segue animado e esperando novas compras para seguir a escalada. Existe fôlego para isso porque o apetite da China vai seguir muito elevado porque eles precisam de muitos volumes para alimentar os animais”, explica Brandalizze.
Neste primeiro dia da semana e do mês, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, seu relatório semanal que aponta as exportações acumuladas de diversos produtos agrícolas até o final do mês de janeiro.
Nestes 20 dias úteis do mês, o Brasil exportou 2.548.860 toneladas de milho não moído. Com isso, a média diária de embarques ficou em 127.443 toneladas, patamar 33,06% maior do que as 95.781,3 do mês de janeiro de 2020.
Em relação as estimativas da Anec (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais), o Brasil embarcou 10,19% a mais do que as 2,313 milhões de toneladas esperadas pela associação.
Mercado Externo
Já os preços internacionais do milho começaram a segunda-feira em alta, perderam força ao longo do dia e voltaram a se recuperar na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 0,25 e 2,25 pontos ao final do pregão.
O vencimento março/21 foi cotado à US$ 5,49 com valorização de 2,25 pontos, o maio/21 valeu US$ 5,48 com alta de 1,00 ponto, o julho/21 foi negociado por US$ 5,36 com ganho de 0,25 pontos e o setembro/21 teve valor de US$ 4,71 com elevação de 1,50 pontos.
Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última sexta-feira, de 0,37% para o março/21, de 0,18% para o maio/21 e de 0,21% para o setembro/21, além de estabilidade para o maio/21.
Segundo informações do site internacional Successful Farming, os futuros do milho foram mais baixos em meio a uma sessão tranquila para começar a semana.
“Os mercados de milho começaram a alta da sessão noturna com o milho de março estabelecendo uma nova alta de US$ 5,55 antes de cair. À medida que avançamos em direção ao meio, os mercados de safras antigas e safras novas estão mais baixos. A volatilidade provavelmente permanecerá um elemento fixo em nosso mercado, e hoje ela está demonstrando exatamente isso”, disse Britt O’Connell da ever.ag.