Ontem a terça-feira (16) chegou ao final com os preços do milho ainda subindo no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas desvalorizações apenas em Brasília/DF (1,35% e preço de R$ 73,00).
Já as valorizações apareceram nas praças do Oeste da Bahia (0,39% e preço de R$ 65,00), Cândido Mota/SP (0,62% e preço de R$ 81,50), Castro/PR (1,20% e preço de R$ 84,00), Ponta Grossa/PR e Dourados/MS (1,22% e preço de R$ 83,00), Tangará da Serra/MT (1,43% e preço de R$ 71,00), Campo Novo do Parecis/MT (1,47% e preço de R$ 69,00), Itapetininga/SP (2,22% e preço de R$ 92,00) e Amambaí/MS (2,63% e preço de R$ 78,00).
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “o fluxo de negócios é lento e os participantes estão atentos às variações do clima e do dólar”.
Enquanto isso, os produtores do Mato Grosso 88,32% das áreas desta segunda safra, um atraso de 11,33 pontos percentuais atrasada com relação ao ciclo passado e de 9,17 pontos da média dos últimos cinco anos.
“Com o avanço da colheita da soja, mesmo estando em atraso, as áreas destinadas ao milho safrinha começam a aumentar a disponibilidade em Mato Grosso para o cultivo do cereal. Com isso, espera-se que os trabalhos se encerrem nas duas próximas semanas”, diz o Imea.
Já no Paraná, o plantio chegou à 72% no estado, com as lavouras se dividindo entre germinação (51%), descanso vegetativo (48%) e floração (1%). Ao mesmo tempo, o Deral informa que 64% das lavouras da safra verão no estado já foram colhidas. O restante está divido entre 13% em frutificação e 87% já na fase de maturação.
B3
Os preços futuros do milho tiveram uma terça-feira levemente altista na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 0,53% e 1,19% ao final do dia.
O vencimento maio/21 foi cotado à R$ 94,80 com alta de 0,72%, o julho/21 valeu R$ 89,62 com elevação de 0,53%, o setembro/21 foi negociado por R$ 84,95 com ganho de 0,82% e o novembro/21 teve valor de R$ 85,85 com valorização de 1,19%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado brasileiro segue acompanhando o desenvolvimento da safrinha com o plantio já acima de 90% das lavouras, apontando que chegaremos perto dos 15 milhões de hectares cultivados, um recorde histórico de área de safrinha.
“Ainda faltam algumas lavouras plantadas muito tarde, fora da época, mas com o produtor plantando as últimas áreas neste momento sem perder tempo”, diz o analista.
Brandalizze destaca ainda que, a colheita na safra de verão segue, mas o pouco produto que aparece no mercado fica nas mãos das cooperativas e grandes indústrias, sem grande disponibilidade e lotes e não deixando muito espaço nem para baixas nem para altas.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) operou em campo misto para os preços internacionais do milho futuro nesta terça-feira. As principais cotações registraram movimentações entre 1,00 ponto negativo e 4,75 pontos positivos ao final do dia.
O vencimento maio/21 foi cotado à US$ 5,54 com valorização de 4,75 pontos, o julho/21 valeu US$ 5,41 com elevação de 4,00 pontos, o setembro/21 foi negociado por US$ 4,99 com ganho de 1,25 pontos e o dezembro/21 teve valor US$ 4,77 com perda de 1,00 ponto.
Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última segunda-feira, de 0,91% para o maio/21, de 0,74% para o julho/21 e de 0,20% para o setembro/21, além de baixa de 0,21% para o dezembro/21.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho dos Estados Unidos subiram em contratos próximos ativamente negociados na terça-feira, devido à forte demanda de exportação, depois que o USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) confirmou as maiores vendas para a China desde janeiro.
“Após semanas de lentidão nas vendas de exportação de milho, os traders de grãos anteciparam uma compra acelerada pela China antes das negociações de alto nível com os Estados Unidos no final desta semana”, destaca Karl Plume da Reuters Chocago.
O USDA confirmou na terça-feira as vendas de milho dos EUA para a China que totalizaram 1,156 milhão de toneladas, o maior volume desde janeiro. As vendas ocorreram depois que o USDA divulgou na segunda-feira uma das semanas mais fortes de inspeções de exportação de milho já registradas.
“Ouvimos desde a semana passada que a China pode estar comprando antes da reunião no Alasca. O mercado ficou um pouco desapontado por não ser um número maior, mas também cautelosamente otimista de que veremos mais amanhã”, disse Ted Seifried, estrategista-chefe de mercado agrícola do Zaner Group.
A publicação destaca que, os comerciantes de grãos também monitoram o clima na América do Sul, onde os períodos de seca e, às vezes, chuvas excessivas atrapalham o trabalho de campo. O clima adverso aumentou as esperanças de vendas adicionais de exportação dos EUA.