O mercado de ovos vai adentrando a segunda quinzena, tradicionalmente o período mais difícil em cada mês, com poucas expectativas de que ocorra alguma novidade que permita uma busca maior pelo produto que altere o atual cenário de desânimo que se abate sobre os negócios em geral.
Considerando o preço médio recebido pela comercialização da caixa de ovos brancos no decorrer do ano, o aumento próximo de 24% sobre o mesmo período do ano passado pode induzir os menos afeitos ao setor a considerar que o índice extremamente significativo é sinal de expressivo lucro para os criadores.
Mas, para o setor, embora seja significativo, o percentual não acompanha os extraordinários aumentos verificados nas matérias-primas básicas, milho e farelo de soja, predominantes e essenciais na composição da ração direcionada para as aves, que aumentaram no mesmo período, respectivamente, 61,2% e 108,8%. Ou seja, em vez de lucro, o setor trabalha com preços onerosos.
Acompanhamento realizado pelo Ovosite em relação ao preço médio acumulado do ovo e do milho até o presente momento indica que em 2021 o produtor de ovos atinge sua mais baixa capacidade de aquisição da matéria-prima desde 2001. A segunda pior relação, por sua vez, aconteceu justamente há 10 anos atrás, no já distante 2011. Por outro lado, a maior capacidade de aquisição aconteceu 20 anos atrás, justamente em 2001.
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