Os preços da soja voltaram a recuar na Bolsa de Chicago nesta terça-feira (22), devolvendo as baixas registradas na sessão anterior. Asism, perto de 8h (horário de Brasília), as cotações recuavam entre 8,25 e 13,50 pontos nos principais contratos, com o julho sendo cotado a US$ 14,06 e por bushel e o novembro a US$ 13,05.
O mercado perde força mesmo diante de uma nova baixa no índice de lavouras em boas ou excelentes condições nos EUA, como mostrou o último reporte semanal de acompanhamento de safra divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no final da tarde desta segunda (21).
O índice ficou em 60%, em linha com a média das expectativas, mas abaixo dos 62% da semana anterior. O total de lavouras em condições regulares até o último domingo (20) passou a 31%, contra 30% da semana anterior, e são agora 9% dos campos em condições ruins ou muito ruins, contra 8% da semana anterior.
Além disso, as previsões climáticas do NOAA, o serviço de clima dos Estados Unidos, mostram a volta das temperaturas mais altas do que o normal paras as regiões mais a oeste dos país, bem com chuvas abaixo da média para boa parte do Corn Belt, como mostram os mapas abaixo.
Mais commodities recuam nesta terça-feira, como o milho, o petróleo, o açúcar e o algodão. E como explicam analistas internacionais, os fundos têm reduzido suas ‘apostas altistas’ entre as commodities entre todos os seus grupos. A notícia de que a China pode influenciar cada vez mais nestes mercados e mais a sinalização do Federeal Reserve recente sobre os juros americanos provocou uma despencada geral dos ativos e fez com que os investidores reduzissem subsatancialmente suas posições compradas nas commodites.
“As posições compradas na soja reduziram ao menor volume em dez meses na semana encerrada em 15 de junho, e para o milho em seis”, informou a agência de notícias Bloomberg citando dados da US Futures Commodityt Futures Trading Comission.
Entre todas as commodities agrícolas, os grãos foram os que mais perderam. “As previsões climáticas estão extremamente voláteis este ano”, disse à agência internacional Charlie Sernatinger, head global de futuros de grãos na ED&F Man Capital Markets.