A correção dos preços da soja na Bolsa de Chicago continua nesta sexta-feira (26), com perdas de mais de 10 pontos nos principais contratos na manhã de hoje. Por volta de 7h40 (horário de Brasília), os futuros da oleaginosa perdiam entre 12,25 e 16 pontos, com o março sendo cotado a US$ 13,90 e o agosto, US$ 13,41 por bushel.
O mercado internacional permanece sustentado por seus fundamentos – entre eles a demanda forte, mas um pouco inativa agora, por parte da China, os estoques muito apertados tanto na América do Sul, quanto nos EUA, e os problemas com atrasos na colheita e nos embarques do Brasil.
No entanto, o reajuste dos preços e o ajuste das posições, como explicam analistas e consultores de mercado, é natural depois de terem sido alcançadas as máximas desde 2014. Nesta semana, as cotações testaram suas máximas de 2021 e registraram sessões positivas consecutivas na CBOT. O avanço dos valores da soja tem se dado há nove meses seguidos.
“Há um movimento de realização de lucros, mas acima de tudo, continuamos altistas, principalmente para a soja e o milho”, diz à Reuters Internacional o diretor da consultoria Ikon Commodites. “Estamos prestes a entrar no período crítico do plantio em março no Hemisfério Norte, então, há muito risco pela frente”, complementa.
Ao Notícias Agrícolas nesta quinta-feira, o diretor da Cogo Inteligência em Agronegócio complementou a análise também afirmando esse viés positivo que continua permeando o mercado.
“É exatamente esse fato de uma relação de oferta e demanda ajustada, estoques apertados e compras ainda pesadas de importadores como a China que colocam esse patamar mais para baixo do que o atual (momentaneamente), mas ainda bem acima do que vimos em 2020 e também 2019. Estamos vindo de um período de cotação futura com os mais altos níveis desde 2014, 2015” diz.