O movimento de alta continua para os preços da soja negociados na Bolsa de Chicago nesta quarta-feira (27). Por volta de 7h50 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 7,75 e 12,25, levando o março a US$ 13,82 e o agosto a US$ 13,11 por bushel.O mercado segue corrigindo as baixas intensas da última semana com altas pelo terceiro pregão consecutivo.
Um dos principais combustíveis para os preços continua sendo a demanda. Com o atraso da colheita no Brasil e, portanto, da chegada efetiva da oferta ao mercado, os compradores seguem voltados à oleaginosa dos EUA. No entanto, mais de 90% do volume estimado para ser exportado pelo país já está comprometido.
Mais do que isso, parte das lavouras brasileiras ainda precisam concluir seu desenvolvimento e precisam de condições climáticas adequadas para isso, e o mesmo é esperado para a Argentina, onde a safra também deverá ser menor do que o inicialmente estimado.
“O sentimento altista de curto prazo ainda está muito presente. Ainda temos de dois a três meses para entender se a produção mundial de grãos e oleaginosas será adequada. Até lá, o mercado tende a permanecer positivo, com a demanda da China como principal direcionador dos preços. Isso mudo a menos que a China volte a ter problemas sérios com a Peste Suína Africana”, explica o diretor da corretora Ikon Commodities, Ole Houe, à Reuters Internacional.