Soja volta a perder força em Chicago

Setor intensifica perdas e fecha a 6ª feira abaixo dos US$ 12.

Os preços da soja voltaram a cair na Bolsa de Chicago na tarde da última sexta-feira (19), foram intensificando suas baixas e terminou o dia recuando entre 11,50 e 26 pontos. O mercado começou o dia em campo positivo, acompanhando as altas dos mercados vizinhos, porém, voltou a perder força e, fechou no vermelho, levando os contratos setembro e novembro a finalizarem o pregão, novamente, abaixo dos US$ 12,00 por bushel. O julho encerrou a sessão com US$ 13,07.

A pressão sobre o mercado da oleaginosa e dos derivados – além de soja e milho – continua e se mantém como reflexo de fundamentos que ainda contemplam o clima ainda favorável para o plantio americano e o bom ritmo dos trabalhos de campo, a demanda ainda contida e, nesta semana, a pressão adicional vinda da renovação do acordo na região do Mar Negro que aumenta as ofertas, principalmente de milho, trigo e óleos vegetais.

No mesmo momento, os futuros do farelo cediam perto de 1%, ajudando na pressão sobre os preços do grão, com o contrato mais negociado sendo cotado a US$ 410,10 por tonelada curta. Do mesmo modo, os preços do trigo e do milho também passavam para o lado negativo da tabela, devolvendo os ganhos registrados mais cedo.

“Tivemos uma semana de mercado muito agitado, com agressividade nas cotações diante da transição de atenção do mercado agrícola. Hoje, o mercado da soja vem retraindo cada vez mais a atenção dada à América do Sul e se voltando à América do Norte”, explicou o diretor da Pátria Agronegócios, Matheus Pereira.

A produção total sul-americana, ainda segundo o executivo, passa por alguns ajustes finos, com a safra brasileira ainda estimada perto de 152 milhões de toneladas, enquanto na Argentina recentes cortes nas projeções e novos podendo acontecer permanecem no radar. “Vale ressaltar que a demanda pelo farelo argentino entraria com agressividade agora em junho, e esse é um ponto de atenção de agora em diante”, diz.

CLIMA NOS EUA

O mercado futuro norte-americano não só de soja, mas de grãos de uma forma geral, dá cada vez mais espaço às informações sobre as condições do tempo no Meio-Oeste americano para o desenvolvimento da safra 2023/24. Até este momento, o cenário segue bastante favorável para o desenvolvimento do plantio e, na sequência, as atenções se darão aos próximos meses, os quais serão determinantes para a definição de produtividade no país.

“De fato, agora eles estão vivenciando um clima favorável nesta reta final de plantio, são chuvas abaixo da média e temperaturas acima, ideal para o plantio nos EUA, por conta do elevado teor de argila, baixo de areia, que permite uma maior retenção de água”, detalha Pereira, que reforça que, para os produtores americanos, o excesso de chuvas poderia ser prejudicial para a semeadura.

No entanto, a partir deste dia 20 de maio, as janelas ideais tanto para a soja, quanto para o milho, começam a se fechar. Assim, os riscos – caso comecem a aparecer – se intensificam para as lavouras. “Assim, muita atenção a partir de agora, porque o que beneficia o plantio começa a se tornar um problema no radar. Então, o mercado nessaa semana ficou atento à qualidade do plantio, porém, esse mesmo cenário – de chuvas abaixo da média – pode ser um problema”, diz o diretor da Pátria.

Notícias Relacionadas

Revista OvoSite

Informativo diário | cadastre-se agora e receba diariamente a principais notícias do mercado gratuitamente

Canal Mundo Agro

NOSSOS PARCEIROS

Notícias Relacionadas

Últimas Notícias

Busca por palavra chave ou data

Selecione a Data

Busca por palavra chave ou data

Selecione a Data

CONFIRA OS DESTAQUES DA NOSSA ULTIMA EDIÇÃO

imagem_01

Ondas de calor: os benefícios do uso do spray de poliuretano na avicultura

Uma maneira eficaz de prevenir as perdas causadas pelas ondas de calor é a aplicação de spray de poliuretano para isolamento térmico nos galpões avícolas. Página 14.

imagem_02

Uso de hidroxi-selenometionina melhora a produtividade e qualidade dos ovos de poedeiras criadas em condições de estresse por calor

Experimento realizado no setor de Avicultura do Departamento de Zootecnia do Centro de Ciências Agrárias, na UFPB, indica que a suplementação adequada de selênio na forma de OH-SeMet beneficia os produtores de ovos. Página 16.

imagem_03

Atualização dos níveis de aminoácidos para poedeiras comerciais

A nutrição focada em atendimento dos aminoácidos digestíveis já é um assunto bastante estudado e há muitos anos utilizado na nutrição avícola. Página 20.

imagem_04

O Ovo como um aliado para a Saúde Cardiovascular: Evidências a partir de uma Análise Global?

O ovo, um alimento amplamente apreciado por sua praticidade, sabor e versatilidade, apresenta uma rica combinação de vitaminas e minerais essenciais. Página 28.

imagem_05

Impactos da ocorrência de Bronquite, Laringotraqueíte e Influenza Aviária na produção avícola brasileira

As infecções virais impactam as condições fisiológicas das aves, podendo provocar mortalidade e/ou morbidade. Página 30.

Fale agora no WhatsApp