Subsidiária da Globoaves (Cascavel, PR) é a fornecedora de ovos para produção da ButanVac

O Brasil deu hoje um importante passo em direção à luta mundial travada contra o novo coronavírus. O Instituto Butantan anunciou nesta sexta-feira (26), uma nova fórmula de vacina com tecnologia 100% brasileira contra a Covid-19.

A Globobiotech, braço biotecnológico da Globoaves, de Cascavel, empresa que é referência mundial em biotecnologia e sanidade animal, será responsável pelo fornecimento dos ovos embrionados, insumo necessário para fazer frente a essa devastadora doença. A Globoaves – que nesta sexta-feira completa 36 anos de fundação, já contribui para a imunização do brasileiro há 14 anos, fornecendo o mesmo insumo para a produção de vacinas contra a gripe (influenza).

O anúncio de que a Globoaves fornecerá o insumo necessário para a vacina 100% brasileira contra a Covid-19 foi feito na manhã desta sexta-feira (26) pelo diretor-presidente da Globoaves, Roberto Kaefer, em entrevista exclusiva concedida ao jornalista Vandré Dubiela, do Portal Sou Agro, diretamente da sede da empresa, situada em Cascavel. “Estamos muito orgulhosos em saber que a tecnologia de produção com ovos embrionados da Globoaves ajudará a salvar a vida de milhões de brasileiros”, comemora Roberto Kaefer.

O diretor-presidente da Globoaves revelou ainda que a Globoaves já vem fornecendo ovos ao Butantan para testes e produção da Butanvac desde o ano passado. Foram 3 mil ovos destinados para testes. Para a vacina da gripe, a Globoaves entrega diariamente ao Instituto Butantan 550 mil ovos embrionados, em quatro carretas não climatizadas, como se fossem incubatórios sobre rodas, com temperatura interna de 28 graus e oxigenação. “Fomos pioneiros no Brasil em relação à essa tecnologia”. Com a previsão do Butantan de produzir 40 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 até maio, a Globoaves terá de fornecer inicialmente 20 milhões de ovos.

Confira a entrevista exclusiva do diretor-presidente da Globoaves, Roberto Kaefer, concedida ao Portal Sou Agro:

Ovos SPF

Além de produzir ovos férteis controlados utilizados na produção da vacina contra a gripe, a Globoaves comercializa, por intermédio de representação com a norte-americana Charles River, os ovos SPF (Specific Pathogen Free), utilizados na produção de vacinas em seres humanos e animais. Toda a produção de ovos da Globoaves é feita em granjas próprias, edificadas em locais protegidos e com altíssimo controle de sanidade e qualidade.

O Instituto Butantan já protocolou o pedido para o início dos testes em humanos. A solicitação refere-se no momento às fases 1 e 2, para análise da segurança e da capacidade de promover a resposta imune. A terceira fase é sobre a eficácia, podendo reivindicar o uso emergencial ou registro definitivo. Com tecnologia similar à vacina da gripe, a Butanvac poderá ser em dose única.

Tecnologia 100% brasileira

Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, confirmou que a vacina será produzida no Brasil, sem depender de insumos de outros países. “É com base em uma tecnologia já existente, a mesma utilizada para a produção da vacina da gripe”. O Butantan é o maior produtor da vacina contra a gripe do Hemisfério Sul, com uma produção de 85 milhões de doses por ano, entregues ao Programa Nacional de Imunização, com capacidade de produzir muito mais, até 150 milhões de doses por ano. Ou seja, além de produzir a vacina da gripe, o Brasil também tem condições de produzir a Butanvac, algo inédito. “Não existe nenhuma vacina no mundo neste momento, produzida em ovo. Existem muitas fábricas no mundo que usam essa tecnologia para produção da vacina da gripe, e que, portanto, é uma saída em uma situação epidêmica. Em segundo lugar, é muito mais barato este tipo de produção em comparação com vacinas já existentes, com uso de tecnologia mais moderna”.

A Butanvac, segundo Dimas Covas, é uma segunda geração de vacina contra a Covid-19, a vacina 2.0. “Aprendemos com as vacinas anteriores e já sabemos o que é uma vacina eficiente contra a Covid. É uma vacina mais imunogênica por conta de estudos clínicos em animais já comprovados. “Portanto, poderemos usar menos doses da vacina por pessoa, podendo aumentar o quantitativo de doses e oferecer mais vacinas para a população”.

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