A ciência e a tecnologia estão a favor da sanidade avícola e a inovação trouxe muitos benefícios para os processos de vacinação, permitindo vacinar vários animais ao mesmo tempo e garantindo um lote mais homogêneo, fortalecendo a criação de programas vacinais para diversas situações epidemiológicas. O médico-veterinário, professor da Universidade de São Paulo – USP e membro do Conselho da FACTA, Antônio Piantino analisa as novas vacinas e como elas prometem um avanço na avicultura.
Antônio Piantino, membro do Conselho da FACTA, analisa o atual cenário de vacinação no setor.
As vacinas de alta tecnologia são totalmente diferentes das primeiras disponíveis no Brasil no início dos anos 2000. Além disso, hoje existem tecnologias que garantem a qualidade da vacina em incubatório e a rastreabilidade do processo. “As vacinas atuais não apresentam reações como há 25 anos, quando víamos que após a vacinação havia uma multiplicação exacerbada das cepas vacinais nos frangos. Atualmente o que existem são cepas bastante atenuadas e que promovem uma boa proteção para as aves”, explica o médico-veterinário.
Ele afirma que os diversos estudos e pesquisas a respeito da imunização dos frangos proporcionou uma evolução na tecnologia das vacinas e elas se tornaram melhores. O laboratório da USP analisa essa evolução, tendo como uma das ferramentas o estudo genético das cepas para aves.
A vacinação de plantéis avícolas, ou de animais de produção, é fundamental para que não ocorram problemas sanitários, perda de produtividade, queda no ganho de peso e mortalidade. “Hoje existem muitas vacinas sendo desenvolvidas e novas abordagens de diagnóstico. Tudo isso tem evoluído e, felizmente, na avicultura é muito rápida a detecção de novas doenças, a implementação de diagnósticos e, consequentemente, o desenvolvimento de novas ferramentas através das vacinas”, frisa Piantino.
A avicultura brasileira só se tornou referência no mundo, sendo um dos expoentes de produção de carne de frango e de ovos graças ao uso das vacinas. Também, o desenvolvimento da genética e da nutrição, completando esse tripé, foi fundamental para que a avicultura se tornasse destaque no agronegócio brasileiro.
“Com o surgimento de novas variantes e vírus desafiando os plantéis avícolas, no futuro teremos outras vacinas como as desenvolvidas com RNA – que usa uma cópia sintética de um químico natural chamado RNA mensageiro para produzir uma resposta imune, como a exemplo da Covid-19. Devemos lembrar que o antígeno inativado também é uma vacina fundamental para que tenhamos sucesso na produção animal”, finaliza o integrante do Conselho da FACTA.
Para saber mais acesse o canal da FACTA no YouTube: