A França deve permitir que aviários em áreas do sudoeste do país afetadas por uma cepa de alta patogenicidade da gripe aviária retomem a produção após uma queda acentuada de novos casos da doença, informou o Ministério da Agricultura francês.
A França está entre os países europeus que viram o vírus da gripe aviária H5N8 se espalhar no último inverno de aves selvagens para aves domésticas.
As autoridades realizaram o abate em massa de plantéis para conter a doença, com a França abatendo cerca de 3 milhões de aves, a maioria anatídeos.
O número de novos surtos da doença na França caiu para cinco na primeira semana de março, em comparação com quase 130 na primeira semana de janeiro, enquanto na região mais afetada das Landes nenhum novo caso foi registrado no última mês, observou o Ministério em comunicado divulgado na última sexta-feira (19).
“Isso significa que as medidas drásticas implantadas para limitar a propagação do vírus… mostraram-se eficientes”, ressalta o documento.
As granjas nas zonas do sudoeste francês, anteriormente sujeitas ao abate em massa, poderão retomar a criação de certos tipos de aves, incluindo galinhas. Mas os rebanhos devem permanecer confinados em ambientes fechados.
A proibição da criação de patos e gansos nessas áreas continua até que a epidemia de H5N8 esteja completamente controlada, dada a vulnerabilidade particular desses animais ao vírus, acrescentou o Ministério.
O risco de gripe aviária permanece alto não só na França mas em toda a Europa, disse o Ministério, observando dois casos esta semana no nordeste francês e 39 casos entre aves selvagens na Europa no fim de semana passado.
Embora muitas vezes mortais para as aves, esses vírus raramente são transmitidos aos humanos e não são conhecidos por representar um risco para o consumo de produtos avícolas.
No entanto, um primeiro caso de gripe aviária A (H5N8) transmitido a humanos – trabalhadores de uma avicultura russa – levantou a preocupação de que o vírus pudesse sofrer mutação.