Rabobank estima que o consumo de ração na China aumentará de 7% a 8% em 2021.
O provável arrefecimento do ritmo de recuperação da produção de suínos da China não deverá prejudicar sua demanda por grãos. O Rabobank, por exemplo, estima que o consumo de ração no país aumentará de 7% a 8% em 2021, para até 360 milhões de toneladas. O consumo de farelo, por sua vez, deverá aumentar 6% no ano, para 76 milhões de toneladas. Para atender à demanda, o país terá que importar nada menos do que 100 milhões de toneladas de soja em grão neste ano.
De acordo com Luiz Fernando Roque, da Safras & Mercado, no curto prazo, o impacto do ressurgimento de casos de peste suína na China na demanda por grãos será mínimo. “Não entendemos que Brasil, EUA ou Argentina vão reduzir suas vendas à China neste ano por conta disso”, afirma.
Ele pondera que, caso a crise da peste africana se intensifique a ponto de reduzir a demanda chinesa por grãos, os agricultores brasileiros vão ser compensados por uma demanda doméstica grande, já que os frigoríficos certamente exportarão mais carne suína ao país asiático.