Milho: 4ª feira fecha desvalorizada no Brasil com colheita em andamento

Ontem, a quarta-feira (16) chegou ao fim com preços do milho despencando em muitas regiões no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas valorizações apenas em praça de Castro/PR (2,27%) e Brasília/DF (0,63%).

Já as desvalorizações apareceram em Ponta Gross/PR (2,22%), Cascavel/PR (1,23%), Palma Sola/SC (1,18%), Rio do Sul/SC (4,60%), Rondonópolis/MT (4,55%), Primavera do Leste/MT (2,51%), Alto Garças/MT (3,36%), Itiquira/MT (2,51%), São Gabriel do Oeste/MS (11,11%), Maracaju/MS (11,36%), Campo Grande/MS (12,50%), e Cândido Mota/SP (2,41%).

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “os indicadores do físico têm cedido diariamente com o comprador mais ausente dos negócios em parte das praças neste momento”.

A análise da Agrifatto Consultoria acrescenta ainda que, “com a colheita do milho de segunda safra ainda engatinhando, as negociações do físico partiram para o patamar de R$ 93,00/sc em Campinas/SP. No entanto, os compradores pressionam na busca por preços ainda menores”.

Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, o preço da saca do milho se desvalorizou 3,50% negociado a R$ 82,81. “O preço do cereal em queda é reflexo da desvalorização das cotações no mercado externo somado ao comportamento de queda dólar frente ao real”, aponta a Famasul.

Já em Goiás, a saca do cereal encerrou a sexta-feira (11) valendo, em média, R$ 80,03 com estabilidade com relação à semana anterior. A semana foi de forte volatilidade no mercado do milho. Após uma semana de forte queda, o período atual busca pela recuperação. No entanto, com as chuvas aliviando a situação de algumas lavouras e o início da colheita em algumas regiões do país, não permitiram novas altas”, explica o Ifag.

B3

Os preços futuros do milho fecharam a quarta-feira contabilizando perdas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações negativas entre 1,25% e 2,34% ao final do dia.

O vencimento julho/21 foi cotado à R$ 87,21 com queda de 1,68%, o setembro/21 valeu R$ 87,70 com desvalorização de 2,34%, o novembro/21 foi negociado por R$ 88,73 com baixa de 2,04% e o janeiro/22 teve valor de R$ 91,10 com recuo de 1,25%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, as quedas no Brasil acontecem em função da baixa do Dólar ante ao Real e destaca que existe folego para cair mais, mesmo com quebras na safrinha.

“Quebrou a safrinha? Quebrou, mas se a gente colher o menor número de safrinha que o mercado está esperando, perto de 60 milhões de toneladas, ele já é 20 milhões acima do que o que vai se consumir no segundo semestre e vai ter que exportar, que, no momento, paga R$ 80,00”, explica Brandalizze.

Mercado Externo

A Bolsa de Chicago (CBOT) subiu em boa parte do dia, mas encerrou a quarta-feira em campo misto para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registraram movimentações entre 3,25 pontos negativos e 5,50 pontos positivos ao final do dia.

O vencimento julho/21 foi cotado à US$ 6,73 com ganho de 5,50 pontos, o setembro/21 valeu US$ 5,88 com perda de 3,25 pontos, o dezembro/21 foi negociado por US$ 5,72 com baixa de 1,25 pontos e o março/22 teve valor de US$ 5,79 com queda de 1,25 pontos.

Esses índices representaram alta, com relação ao fechamento da última terça-feira, de 0,90% para o julho/21, além de recuos de 0,51% para o setembro/21, de 0,17% para o dezembro/21 e de 0,17% para o março/22.

Segundo informações do site internacional Successful Farming, na quarta-feira, os mercados agrícolas do CME Group fecharam com os futuros do milho em julho mais altos e os demais vencimentos mais baixos, com os investidores acreditando que a chuva está chegando para as lavouras norte-americanas.

“Os modelos meteorológicos vão virar. Na semana passada, os modelos mostraram condições de crescimento quentes, secas e difíceis. Agora, cinco dias depois, as modelos projetam de 7 a 15 centímetros de chuva com um alvo em Iowa. Se Iowa atingir de 7 a 15 centímetros, o problema provavelmente está resolvido; 1 a 2 polegadas ajuda, mas não resolve o déficit de umidade de longo prazo”, afirmou Al Kluis, da Kluis Advisors, em uma nota aos clientes.

 

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