Ministro da Agricultura garante segurança da defesa sanitária para controlar gripe aviária

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, senador licenciado Carlos Fávaro, afirmou que o Brasil está preparado para enfrentar a gripe aviária. A afirmação foi feita na tarde desta terça-feira (27), durante audiência pública promovida pela Comissão de Agricultura (CRA) do Senado.

— O sistema sanitário brasileiro é, sem sombra de dúvida, o melhor do mundo — afirmou o ministro.

Fávaro lembrou que o vírus da gripe aviária circula no mundo há 30 anos e em granjas comerciais há 19 anos. Nesse período, destacou o ministro, o Brasil era o único entre os grandes produtores mundiais a não registrar o vírus. Ele disse que mesmo diante do registro recente, é possível perceber a robustez e a eficiência do sistema sanitário brasileiro, que controlou o foco e evitou o contágio em outras regiões além do Rio Grande do Sul.

De acordo com o ministro, os Estados Unidos já registraram vários casos de gripe aviária e já chegaram a abater 170 milhões de aves. Fávaro informou que no caso brasileiro foram abatidas 17 mil aves. Ele disse que não é possível “comemorar” esses números, mas é possível perceber a eficiência sanitária do país.

— Precisamos enfrentar essa crise sanitária com total transparência. Confiando no sistema brasileiro, o foco de Montenegro está contido — declarou o ministro, em referência ao município gaúcho onde foi registrado o vírus da gripe aviária.

 Prazo

 Conforme o ministro, quando se completar o prazo de 28 dias, de acordo com o protocolo previsto para o caso, será possível declarar o país livre da gripe aviária. O ministro apontou que, dos 160 países que têm comércio com o Brasil, apenas 24 suspenderam as compras do país. Outros 13 suspenderam somente as compras das aves vindas do Rio Grande do Sul.

Fávaro afirmou que, assim que o Brasil for declarado livre do vírus, o ministério pretende fazer a repactuação com os países que suspenderam as compras para que novos negócios sejam fechados.

Segundo o ministro, a população pode continuar consumindo com segurança as aves e os ovos, pois com o cozimento o risco é zero. Ele disse que a suspensão da exportação não é pelo risco do consumo humano, mas sim pelo risco de contaminação para as aves locais.

Fávaro acrescentou que foram chamados 440 novos servidores para o Ministério da Agricultura, o que vai reforçar o sistema de segurança e de vigilância sanitária. Segundo o ministro, já estão sendo tomadas providências para que novos concursados sejam chamados. Ele ainda defendeu mudanças no seguro rural, para uma maior eficiência do serviço.

Parceria

 De acordo com Fávaro, o Brasil poderá usar a crise como oportunidade, pois poderá rever procedimentos e ampliar mercados. Ele também disse contar com o Congresso para trabalhar juntamente com o ministério em favor da agricultura do país.

O ministro pediu a atenção dos parlamentares com dois projetos. Um deles é o que cria uma indenização para fiscais agropecuários trabalharem além do horário normal na fiscalização de estabelecimentos de produtos de origem animal (PL 3.179/2024).

O outro é o projeto que cria o Fundo Nacional de Defesa Agropecuária (Fundagro), na forma de associação privada sem fins lucrativos (PL 711/2022). As duas matérias estão sendo analisadas na Câmara dos Deputados em regime de urgência.

A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) elogiou a atuação de Fávaro como ministro da Agricultura. Ela destacou a agilidade e a efetividade das ações do ministério diante da gripe aviária. Para a senadora, o trabalho tem a ver com a liderança e com uma equipe preparada e dedicada ao serviço público.

— Essa junção de forças faz com que o Brasil seja um destaque mundial — declarou Eliziane.

Rapidez

 Na visão do senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), as medidas tomadas têm se mostrado efetivas. Ele disse estar preocupado, porém, com as dívidas dos produtores agropecuários do Rio Grande do Sul.

O senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) agradeceu ao ministro a rapidez das ações para deter o avanço da gripe aviária, como forma de tranquilizar os produtores gaúchos, os consumidores brasileiros e o mercado mundial.

O senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO) reconheceu o momento delicado para os produtores de aves no país. Vanderlan, no entanto, elogiou a rapidez e a transparência do ministério.

— Estou muito orgulhoso de o senhor fazer parte do meu partido. Quero parabenizar o senhor e toda a equipe do ministério — registrou.

Para o senador Chico Rodrigues (PSB-RR), a atuação do ministério diante do caso da gripe aviária reafirma a posição do Brasil como o maior exportador de aves do mundo. Ele elogiou a transparência do governo e a “pronta resposta” do ministério diante do caso.

O senador Jayme Campos (União-MT) elogiou o apoio do ministério ao setor agropecuário. Ele quis saber do ministro se há algum plano de ações preventivas nas rotas de aves migratórias, que poderiam trazer o vírus ao país.

Em resposta, Fávaro disse que não é possível controlar a migração das aves. Mas informou que a fiscalização está atenta a carcaças de aves em regiões estratégicas, como é o caso do Pantanal.

 Interativa

 A audiência foi realizada de forma interativa, com a possibilidade de participação dos cidadãos por meio do portal e-Cidadania. Autor do requerimento para a audiência (REQ 25/2025 – CRA), o senador Zequinha Marinho (Podemos-PA) dirigiu o encontro e destacou algumas das mensagens que chegaram até a comissão.

A internauta identificada como Silvana, do Distrito Federal, manifestou preocupação com a saúde dos trabalhadores das granjas. Érica, que se identificou como veterinária de São Paulo, afirmou que, enquanto não houver sustentabilidade ambiental e bem-estar animal, não cessará o perigo das doenças no país.

Já Andréa registrou seu descontentamento com a criação de animais para abate: “deixem as galinhas em paz!”.

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