A última sexta-feira (26) chegou ao final com os preços do milho novamente elevados no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, não foram percebidas desvalorizações em nenhuma das praças.
Já as valorizações apareceram em Palma Sola/SC (1,20% e preço de R$ 84,00), Panambi/RS (1,22% e preço de R$ 79,50), Cascavel/PR (1,23% e preço de R$ 82,00), Não-Me-Toque/RS (1,27% e preço de R$ 79,50), Pato Branco/PR (2,42% e preço de R$ 84,70), Cândido Mota/SP (2,44% e preço de R$ 84,00), Ubiratã/PR, Londrina/PR e Marechal Cândido Rondon/PR (2,47% e preço de R$ 83,00) e Eldorado/MS (2,58% e preço de R$ 79,50).
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “as cotações do milho no mercado físico ficaram de lado nos últimos 10 dias na maioria das praças paulistas. O avanço da colheita da soja trouxe uma maior evolução do plantio da safrinha em MT, MS e PR. Por outro lado, a volatilidade do dólar ainda gera cautela por parte dos participantes”.
No Rio Grande do Sul, por exemplo, o preço médio do milho se elevou 0,17% em relação a semana anterior, chegando em R$ 77,77 a saca, conforme aponta a Emater/RS.
Do lado das lavouras, 65% já foram colhidas, restando 1% ainda em germinação ou descanso vegetativo, 5% em floração, 14% em enchimento de grãos e 15% já na maturação.
B3
Os preços futuros do milho contabilizaram elevações nesta sexta-feira na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 0,81% e 1,31% por volta das 16h21 (horário de Brasília).
O vencimento maio/21 foi contado à R$ 94,55 com valorização de 1,31%, o julho/21 valeu R$ 89,60 com alta de 0,81%, o setembro/21 foi negociado por R$ 84,47 com ganho de 1,04% e o novembro/21 tinha valor de R$ 85,18 com elevação de 0,82%.
Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho acumularam ganhos de 1,95% para o maio/21, de 1,24% para o julho/21, de 1,96% para o setembro/21 e de 1,88% para o novembro/21 na comparação com a última sexta-feira (19).
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado brasileiro segue firme porque não há vendedores querendo vender milho no momento e obriga o pequeno granjeiro e os independentes a pagar mais.
“O mercado não baixa de R$ 90,00 na B3 para os contratos mais curtos e R$ 88,00 para o médio. Só vamos ver cotações mais baixas no segundo semestre quando vier a safrinha, que mesmo assim tem indicativos fortes porque o clima pode estar mais seco a frente e já começa a criar um temor”, explica o analista.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro também subiram na Bolsa de Chicago (CBOT) neste último dia da semana. As principais cotações registraram movimentações positivas entre 1,00 e 6,00 pontos ao final da sexta-feira.
O vencimento maio/21 foi cotado à US$ 5,52 com valorização de 6,00 pontos, o julho/21 valeu US$ 5,35 com alta de 3,25 pontos, o setembro/21 foi negociado por R$ 4,83 com ganho de 1,00 ponto e o dezembro/21 teve valor de US$ 4,66 com elevação de 1,00 ponto.
Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última quinta-feira, de 1,10% para o maio/21, de 0,56% para o julho/21, de 0,21% para o setembro/21 e de 022% para o dezembro/21.
Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho acumularam quedas de 0,90% para o maio/21, de 0,56% para o julho/21, de 1,23% para o setembro/21 e de 1,06% para o dezembro/21 na comparação com a última sexta-feira (19).
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho foram ajudados por uma rodada de compras técnicas no final do dia, em uma sessão um tanto agitada na sexta-feira, que ajudou a mover os preços moderadamente para cima no fechamento.
A publicação destaca ainda que, o mercado aguarda a divulgação do próximo relatório de intenção de plantio norte-americano do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Uma pesquisa da Farm Futures apontou que os acres de milho podem aumentar 3,1% neste ano para 93,6 milhões de acres. “Supondo que a linha de tendência produza 179,5 bushels por acre, isso levaria a 15,413 bilhões de bushels – a maior produção já registrada, se realizada”.
Enquanto isso, uma pesquisa da Reuters com cerca de 30 analistas mostra que a expectativa média é de 93,208 milhões de acres.